A dança dos vivos

27 abr

Posso te ajudar?
Publiquei esta pergunta hoje no facebook de coração e cabeça aberta. Uma experiência.
Alguém respondeu: Pode, declame um poema.
Logo várias ideias vieram e nasceu este poema, a queima roupa, e o vídeo veio como uma brincadeira para ilustrar, para aliviar estes tempos loucos de Covid 19.
Tudo muito simples, muito leve, apenas para arejar as mentes.
Pois bem, fiz com o coração, para todos vocês.
Conversem comigo. A gente cresce juntos. Deixe seu comentário. Se inscreva no canal do youtube. Partilhe.
Axé!

 

A DANÇA DOS VIVOS

 

Não há horizonte cego

Há sempre um lugar para chegar

Tirar os pesos dos ombros

Sentir o sangue circular

 

O sol já se levantou

É hora de acordar

Se até os mortos dançam

Eu também quero dançar

 

Belo é o desejo

Mais forte o sonhar

Abraçar alma e corpo

Saber se amar

 

Pernas para que te quero

Pés para flutuar

Se até os mortos dançam

Sinal de que a gente deve dançar

 

Nuvens cinzas

Encher o pulmão de ar

Sentir o toque fino

Da vida que ainda há

 

Abrir as portas do coração

Ver a brisa entrar

Se até os mortos dançam

Por que você não vai dançar

 

É uma roda, é uma ciranda

Um baile a preparar

Velhos, adultos, crianças

Cada um escolhe um par

 

Já choramos muito

Um dia novo acaba de chegar

Se até os mortos dançam

Nós também vamos dançar

 

 

Um poema de Wagner Merije

Coimbra, 27/04/2020 – Vai ficar tudo bem!

Livre improviso sobre imagens de minha cidade em “I Charleston Belo Horizonte”

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