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Cia do Tijolo na Estação da Luz


02 jan

Meu poema canta na estação

meu poema extrai voz do coração

meu poema canta, pois que cante

canta porque são poetas os que cantam na estação da luz

Os cantores chegam e é outra estação

é hora de começar

e abrir bem o coração

e atravessar o chão encerado da estação da luz

Um cantar que desperte o vizinho

que seja tão bom como carinho

capaz de despertar as trevas do coração

quando o poema e os poetas cruzarem a estação da luz

Somos nós, vejam só

nós que estamos ali

nós que somos muitos e somos um

como gente comum na estação da luz

É hora de começar

e nós nem ainda sabemos o que é

desperta, con-venha

que não é pouco o tijolo cantar na estação da luz

Viva a Arte! Viva a resistência!

Viva a arte! Abaixo a violência!

E tudo é diferente

e parece bonito

os vagões vão respirando

e os corredores apertados também respiram na estação da luz

A gente quer voz ativa

a gente quer cantar o nosso destino

a saída é roda viva

é poesia e grito saindo do coração na estação da luz

Um poema em elaboração de Wagner Merije

Cia do Tijolo na Estação da Luz

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Panelaço gourmet


16 mar

A panela batida na varanda gourmet

ou no aplicativo de iphone

não é a mesma com angu ou vazia

A panela dos brasileiros

não é a mesma do Clube das Empreiteiras

nem do Grupo dos Sonegadores

O Brasil da “panelinha” e do panelaço gourmet

é mesquinho e egoísta

é uma panela que alimenta poucos

que grita bem alto escondido atrás da impunidade:

Fora Dilma!

e leva a preta empregada para empurrar o carrinho do bebê na Avenida Paulista

O Brasil é um caldeirão cultural, é uma favela

bater panela manipulado por senador ladrão é ser estúpido ao quadrado

bater panela na hora do Jornal Nacional é o mesmo que sentar no rabo sujo de corrupção e apoiar o assassinato em massa dos índios, negros, trabalhadores rurais, judeus, homossexuais e dos pobres

Aí, big brother, big sister, você vai estar encomendando

a guerra civil e uma hora ou outra os farofeiros vão invadir o seu triplex

e a sua varanda gourmet

Nessa hora, o jeito vai ser bater panela juntos

Um poema (em elaboração) de Wagner Merije

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