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Doutor (PhD) pela Universidade de Coimbra (Portugal)


25 abr

Wagner Merije (Wagner Rodrigues Araújo) é Doutor em Letras pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Se você preferir, PhD in Letters from the Faculty of Arts and Humanities of the University of Coimbra.

A Universidade de Coimbra, erguida em 1290, e considerada hoje uma das cinco mais antigas do mundo, é uma referência histórica para o Brasil desde a época colonial.A instituição, a primeira universidade de Portugal e a única de todo o reino português por centenas de anos, acolhe brasileiros desde o século XVI.

Coimbra, a “Lusa Atenas”, que se impõe a partir das colinas sobre o Rio Mondego, no centro de Portugal, construída por romanos, mouros, portugueses e gente de todo o mundo, monumento do passado eterno, berço de nascimento de seis reis de Portugal, antiga capital do país (entre 1131 e 1255), teve papel fundamental nos rumos dos acontecimentos da Independência do Brasil, mas a relação da cidade com o Brasil vem desde o início do século XVI.

Um dos primeiros portugueses a respirar o ar do Brasil foi o frade franciscano Henrique Soares de Coimbra, que desembarcou com Pedro Álvares Cabral e seus marinheiros na baía de Santa Cruz de Cabrália, no litoral sul da Bahia em 1500 sob as ordens de D. Manuel I, Rei de Portugal na época. No dia 26 de abril daquele ano, o primeiro domingo após a Páscoa, o religioso rezou a primeira missa no Brasil, no ilhéu da Coroa Vermelha, na Bahia, assistida pela tripulação das caravelas à distância, enquanto que em terra firme era assistido por cerca de 200 indígenas. Poucos dias depois, em 1º de maio, Frei Henrique de Coimbra celebrou sua segunda missa em solo brasileiro.

Por Coimbra passaram nomes curiosos ligados ao Brasil e Portugal. Dois ex-estudantes da Universidade de Coimbra, Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, estão entre os fundadores da cidade de São Paulo. Antes, Nóbrega já havia ajudado a fundar Salvador, na Bahia. Gregório de Matos, que nasceu em 1636 em Salvador, e por causa de seus versos e sátiras recebeu o apedido de “Boca do inferno”, em 1661 formou-se na Universidade de Coimbra. Um dos líderes da “Inconfidência Mineira”, Tomás António Gonzaga, ainda hoje estudado por seu poemário Marília de Dirceu, era filho de mãe portuguesa e pai brasileiro e se tornou bacharel em Leis em 1768 na Universidade de Coimbra. Gonçalves Dias, um grande expoente do romantismo brasileiro e da tradição literária conhecida como “indianismo”, escreveu em Coimbra, enquanto estudava na Faculdade de Direito, a “Canção do Exílio”, um dos poemas mais conhecidos da literatura brasileira, o que lhe valeu o título de poeta nacional do Brasil. José Bonifácio de Andrada e Silva ainda hoje é conhecido como o “Patriarca da Independência” do Brasil, foi estudante e professor na Universidade de Coimbra. Bernardino Machado, nascido no Rio de Janeiro, também foi estudante e depois professor catedrático na Universidade de Coimbra. Teve uma carreira política marcante e cheia de reviravoltas, sendo eleito presidente de Portugal por duas vezes, em 1915 e em 1925.

Alguns ex-presidentes do Brasil receberam o título de doutor honoris causa da Universidade de Coimbra, como foi o caso de Luiz Inácio Lula da Silva (2011), Fernando Henrique Cardoso (1995), Tancredo Neves (1985), José Sarney (1986), Juscelino Kubitschek (1960) e João Café Filho (1955). A Universidade de Coimbra também já conferiu o título de doutor honoris causa a outros brasileiros de destaque, como como Gilberto Freyre, Florestan Fernandes, José Murilo de Carvalho, Francisco Amaral Neto, Gladstone Chaves de Melo, Júlio Afrânio Peixoto, Hilário Veiga de Carvalho ou Evanildo Cavalcante Bechara.

As relações de Coimbra e Brasil e Brasil e Coimbra, como não podia deixar de ser, conta com vários portugueses conhecidos, como o Padre António Vieira (Lisboa, Portugal, 6 de fevereiro de 1608 –  Salvador, Brasil, 18 de julho de 1697), uma das mais influentes personagens do século XVII em termos de política e oratória, que se destacou como missionário em terras brasileiras. Miguel Torga emigrou para o Brasil, em 1920, ainda com treze anos, para trabalhar na fazenda do tio, proprietário de uma fazenda de café em Minas Gerais. Em 1928 entrou para a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. O autor de Uma Abelha na Chuva, Carlos de Oliveira, nasceu a 10 de agosto de 1921, em Belém, estado do Pará, no Brasil. Filho de imigrantes portugueses, mudou-se aos dois anos para Portugal. Em 1933 Carlos de Oliveira muda-se para Coimbra, com o fim de prosseguir os estudos liceais e universitários, ingressando na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. O ensaísta, professor universitário, filósofo e escritor, Eduardo Lourenço, foi estudante de Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) onde começou a sua carreira acadêmica, como professor assistente. A lista é longa em várias áreas do conhecimento.

Concluído ao longo de seis anos, este doutoramento representa uma longa estrada dedicada à segunda coisa mais nobre ao nosso alcance: aprender. Até aqui foi uma vida inteira voltada para o aprimoramento contínuo, criativo e crítico.

Tenho sinceros agradecimentos a fazer:

Aos meus antepassados (entes presentes) e a toda a minha família, aos meus amigos de toda parte; Às professoras e professores de outros tempos; Às Professoras Doutoras Orientadoras Ana Paula Arnaut e Marinei Almeida, por todos os aprendizados; Aos professores da FLUC, funcionáros e funcionárias da FLUC e à toda a comunidade da Universidade de Coimbra.

Dai-me, Senhor, a perseverança das ondas do mar,

que fazem de cada recuo, um ponto de partida para um novo avançar.

Cecília Meireles

Para navegar contra a corrente são necessárias condições raras:

espírito de aventura, coragem, perseverança e paixão.

Nise da Silveira

www.cienciavitae.pt/pt/4A16-A144-81DA

www.merije.com.br

www.aquarelabrasileira.com.br

www.mvmob.com.br

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Ignácio de Loyola Brandao e a cidade em ruínas


23 maio

Ignácio de Loyola Brandao e a cidade em ruínas-WaRAM_color

Ignácio de Loyola Brandao e a cidade em ruínas_color. Autoria: WaRAM

 

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Ignácio de Loyola Brandao e a cidade em ruínas_b&w. Autoria: WaRAM

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Revista ECCOM – Edição 100 anos Saramago


17 jun

ECCOM

Está on line a revista ECCOM – Educação, Cultura e Comunicação nº 25, Edição Especial 100 anos de José Saramago, onde está publicado um artigo de minha autoria Reflexões sobre a falta de lucidez no estado distópico de José Saramago.

Artigo: http://fatea.br/seer3/index.php/ECCOM/article/view/1944

Acesse a Revista em http://fatea.br/seer3/index.php/ECCOM

https://issuu.com/cadic.adm/docs/v_13_n_25_especial_2022

 

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Blimunda_Ignácio de Loyola Brandão por Wagner Merije


29 ago

Blimunda 97_capa

Blimunda #97, julho/agosto de 2020

Este número duplo da revista Blimunda, revista da Fundação José Saramago, referente aos meses de julho e agosto de 2020, tem os seguintes destaques: O que devemos a Angela Davis, um texto de Sara Figueiredo Costa a propósito da publicação em Portugal do livro A Liberdade É Uma Luta Constante; uma entrevista a Ignácio de Loyola Brandão conduzida pelo jornalista e pesquisador Wagner MerijeEra uma vez, crônica da jornalista e escritora mexicana Sandra Lorenzano; um artigo, assinado por Andreia Brites, sobre os 10 anos de Liliput, rubrica dedicada à literatura infantojuvenil que a jornalista Sandy Gageiro mantêm na rádio Antena 2; Somos seres amputados, uma intervenção pública de José Saramago que teve lugar em Porto Alegre em 1999.

Descarregar/Download gratuito: Blimunda-97-julho-e-agosto-de-2020

No site da Fundação José Saramago

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José Saramago 20 Anos com o Prémio Nobel


10 jul

José Saramago 20 Anos com o Prémio Nobel_capa

Publicado pela Imprensa da Universidade de Coimbra o livro eletrónico “José Saramago: 20 Anos com o Prémio Nobel”, que reúne as comunicações apresentadas por ocasião do congresso com o mesmo nome.
MEU ARTIGO começa na página 789.
Realizado a 8, 9 e 10 de outubro de 2018, o congresso (o maior que alguma vez se fez sobre Saramago) permitiu atualizar e debater conhecimentos sobre praticamente todos os aspetos da vasta e multifacetada obra do escritor: os seus romances e os grandes temas que neles estão representados, as personagens e os seus modos de existência, a poesia e o teatro, a cronística e as adaptações da ficção a outras artes. No total, foram cerca de cinco dezenas de comunicações, da autoria de participantes oriundos de vários países, com destaque para Portugal e para o Brasil. São essas comunicações que agora se publicam, com acesso livre.

Para fazer o download, acesse um dos links abaixo:

http://monographs.uc.pt/iuc/catalog/book/57?fbclid=IwAR0RCKvHY0fwirXpBD67VH4_GK38q7WdPzlqP-Zp6fD7sJAtJdujv0JIr7g

José Saramago_20 anos com o Prémio Nobel_e-book

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